Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola.
Muito se tem
falado sobre Iya mi, mas pouco se tem divulgado dos detalhes do culto a esse
òrìsà, na verdade pouco se pode divulgar e isso todos compreendem, quando
alguém tenta falar um pouco mais imediatamente, vira alvo de criticas, quase
sempre feitas por pessoas que nem são iniciadas.
Nas famílias
que cultuam Iya mi, muitos homens são iniciados e participam ao contrário do
que é divulgado no Brasil, a presença masculina é muito importante, e homens e
mulheres participam de forma harmoniosa dos rituais.
O que se
pode divulgar é que as pessoas pactuadas a partir do primeiro imule tem acesso
a algumas informações que a maioria nem imagina, isso acontece tanto para
homens como para mulheres.
Quando o
imule é feito com Ìyá mi, a pessoa ao contrário do que se pensa desperta uma
energia que ela já possui.
Um ritual adequado e conduzido por pessoa
habilitada trás benefícios para o individuo.
Jamais esse
ritual pode ser chamado de iniciação, e muito menos de feitura; em uma
iniciação o individuo recebe algo que esta faltando, e em uma feitura ele
exalta o que já possui, mas em um imule ele assume um compromisso com sua
origem seu passado e seu futuro, aflorando assim o desconhecido, mas existente
principio.
Não
mencionarei a ordem dos imules aqui por razões já conhecidas, mas em um deles o
individuo enfatiza o seu compromisso com a terra e em outro um com a sua origem.
Posteriormente
existirá um contato com forças através de uma representação que será alterada conforme
a evolução do individuo diante dos pactos assumidos, seguindo rituais de
compromisso até que em um desses é determinado o completo afastamento de algumas
atividades.
Algumas
pessoas falam em sete ou até em nove imules, eu não gostaria de abordar aqui a
quantidade nem a ordem dos mesmos, em alguns casos os imules podem ser feitos
uma vez por ano, seguindo a orientação de Ifá.
Algumas
pessoas desconhecem, mas existem vários tipos de imules inclusive com os outros
Òrìșàs, sempre buscando a proteção e o beneficio do pactuado.
Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola.
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