Orunmila está observando
Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola
O famoso Billy the Kid, que está mortalmente ferido, mas cai
atirando, é um desses personagens que provocam gargalhadas. Sabe é fácil
identificar nos dias de hoje esse tipo de comportamento, quando assistimos no
jornal das oito um bandido tentando desqualificar a testemunha de acusação ou
até mesmo no jornal, o time que é derrotado, alega ser a culpa do juiz, que era
mal intencionado.
Hoje dei boas risadas com um amigo, durante a tarde em um
bate papo informal e bastante divertido, falamos sobre o comportamento humano, a
conversa foi ótima nos lembramos dos filmes do velho oeste que eram muito
assistidos, na década de 60.
É interessante como o tempo passa e alguns personagens caem
no ridículo, mas se eternizam no comportamento estereotipado no inconsciente ridículo
incontido.
É divertido ver que nos mais diversos seguimentos de nossa
sociedade o estilo Billy the Kid continua sendo reproduzido.O habito de cair atirando para todos os lados,
como ato de desespero, percebe se diariamente nas casas de orisa.
Quando
a vida de um iniciado não vai bem, na opinião do sacerdote, a culpa é do
iniciado, é bastante comum se ouvir também, da parte dos iniciados, que todo o
problema é culpa do sacerdote, ninguém assume seus erros, e culpar o outro
passa a ser arma de defesa.
Veja bem isso lembra os casamentos
dissolvidos, onde sempre umas das partes acusam a outra como se a união fosse
de um só individuo engraçado esse comportamento que desmerece o outro, e
fortalece o então pretenso não culpado.
O sacerdote quase sempre é acusado de interpretar de forma
errada a vontade da divindade, por outro lado, o iniciado é acusado de não
acatar a vontade do orisa.
É muito fácil acusar quem não esta presente ou quem não pode
se defender, difícil mesmo é se manter calado, quando presenciamos políticos corruptos,
com a cueca cheia de dinheiro tentar colocar a culpa na policia, ou bandido,
pego em franco delito se dizer tomado por um espirito que o levou a delinquir.
Resta agora depois de boas risadas, relembrar a época dos
mocinhos do cinema, onde a verdade perpetuava, a honestidade ecoava.
Qualquer dia desses vai ser inventada uma maquina filmadora
capaz de captar a imagem da insensatez e da perturbação mental, os delírios poderão
ser reproduzidos em slow mosh e os então equilibrados, mostrados em raios-x, poderão
tentar cair atirando para todos os lados,
que ninguém vai acreditar.
Por enquanto ninguém teve a coragem de culpar os orisás !
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