O estudante de ifá.
Autor:
Babalawo Ifagbaiyin Agboola.
Em um isefa
quando aparece como odu regente naquele momento servindo de referencia e orientação
para o pré-iniciado o odu ogbe Méjì e alguns outros odus específicos o babalawo
orienta a pessoa que ela tem que ser submetido há outra pequena cerimônia e se
ela concorda inicia-se o seguinte processo:
- No período
indicado por ifá que pode ser até o terceiro dia ou logo após a apuração do odu
o ifá é alimentado novamente incluindo agora um opele para praticar.
-
Primeiramente se aparecer esse odu o pré-iniciado ficará em um espaço reservado
esperando o babalawo alimentar iya odu imediatamente.
- Após segue
o ritual de alimentar o ifá e o opele, porém a partir desse momento o
pré-iniciado passa por mais uma cerimônia onde babalawo entrega o opele e
orienta a pratica.
- Na Nigéria
em território yoruba é costume pintar com efun a impressão dos odus em folhas
de ewe eko, essas folhas são penduradas na casa do estudante que inicialmente
deve gravar em sua memória a impressão dos 16 odus, mais antigos.
- Em
território yoruba esse primeiro opele quase sempre é confeccionado com pequenos
pedaços de cabaça.
- Existe uma
grande diferença entre os isefas comuns e o citado acima, o odu ejiogbe indica
o sacerdócio, sendo assim um babalawo que não tem iya odu deve levar
imediatamente o pré-iniciado para a casa de seu oluwo, então o ritual para iya
odu é feito no assentamento do oluwo.
- Depois de
algum tempo o pré-iniciado que foi orientado no isefá fará o Ìtélodú, é
importante explicar que se no isefa Orunmila indicar o sacerdócio não é feita a
cerimônia do itefa como a iniciação de um babalorisa, os rituais necessários
devem ser feitos para consagrar o babalawo.
- Passado
algum tempo o agora awo passará por outro ritual onde demonstrará o seu
conhecimento sobre os odus e nesse momento será confeccionado os novos opeles.
- Só após o Ìtélodú
será orientado o estudo dos 240 Omo odus.
- Com o
opele alimentado e conhecendo os odus que inviabilizam o uso do opele os
estudos se aprofundam.
- A partir
desse momento começa uma longa história, de dedicação fé e carinho entre o
estudante e o seu instrutor, só com muita dedicação o estudante passará para um
novo estágio em seus estudos.
- A consulta
aos ikins, e os odus que inviabilizam o uso do opele, só são divulgados após o
juramento dentro do igbodu.
- Obs: Cada
pessoa reage diferente ao processo de estudo, algumas têm uma inteligência comparativa
outros não, por essa razão o Ojugbona (instrutor), necessita ter uma didática
bem apurada.
Algumas
pessoas conseguem decorar e gravar as orientações em um prazo bem menor que
outras.
Então pode acontecer que todo o processo acima
citado evolua em um período de tempo bem pequeno, mas desse ponto até iniciar
outras pessoas o processo é bem demorado.
Um babalawo
que não tem conhecimento quando faz rituais que não esta preparado compromete o nome da família, a saúde dele e
das pessoas que ele atende.
Pior que
isso o babalawo que não tem conhecimento entra em conflito com os orisás e seus
antepassados.
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