Orunmila e o eufemismo.
Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola.
Primeiramente para ficar bem esclarecido o medo é uma condição, que pode ser imposta por ações, gestos ou de forma sutil levando a pessoa a um raciocínio direto de forma indireta. Existem várias formas de conduzir um dialogo produzindo efeitos mirabolantes aos feitos outrora citados, na realidade é o sujeito que faz propaganda dele mesmo e não cansa de dizer o quanto ele é perverso.Analisando o relato de inúmeras pessoas atendidas por mim, essa pratica é muito comum, o sujeito nos primeiros contatos demonstra sempre ser bom e compreensivo, mas com o passar do tempo vai introduzindo afirmações do quanto ele é poderoso criando na vitima uma aérea de impacto que com golpes sucessivos imprimi a marca do medo, criando um espaço para opressão e a extorsão.
Na realidade o mau caráter premedita muitas vezes de forma inconsciente, mas na maioria das vezes segue um script bem conhecido e bastante comum.
Quando ele percebe que a vitima o teme ele se engrandece e menospreza a capacidade de defesa da vitima, ele maximiza o seu suposto conhecimento e minimiza a capacidade de raciocínio do então dominado, esse teatro de horrores incapacita a ação de defesa e vulnera e deprimi uma reação futura.
O comportamento acima descrito serve como preparação da extorsão e da opressão, o oprimido costuma abrir mão de somas que ele não tem em um momento que ele não poderia, justo para a pessoa que menos merece. Esse estado de abalo envolve de tal forma a vitima que além de pagar altas somas inconscientemente divulga uma imagem positiva daquele que o oprimi por temer reações ainda mais agressivas e submetendo as a extorsão e a chantagem.
O arquétipo do valentão sabido e todo poderoso é reforçado com uma dose forte de um pretenso dom sobre natural que o torna um ser especial qualificado a capacidade extraordinária que o dimensiona em tal importância que os demais sempre se sentem minúsculos, traduzindo isso tudo é o famoso morde e assopra, mantendo a vitima assustada, mas não deixando que ela se desespere por que se isso acontecer ela pode buscar ajuda fora, e os sabidão não querem perder os benefícios financeiros e muitas vezes íntimos já alcançados.
No inconsciente se você aprofundar analise do comportamento acima descrito será encontrado aquele que subjuga força, mas que na verdade é um fraco, que quer parecer forte.
Ele se impõe desfrutando do clima de terror e do pânico instalado para pousar de líder, mas a submissão e a extorsão caracterizam a dependência e em hipótese alguma retratam a admiração ou o respeito.
Em seu interior o chantagista opressor sabe do porque manter a vitima próxima dele, além de imprimir o medo ele precisa constantemente amplificar diante da vitima o seu conhecimento, sendo assim a vitima teme buscar novos horizontes porque acredita que não existe outras pessoas com a mesma capacidade que o seu opressor. Esse jogo de gato e rato pode seguir por muito tempo, para o gato matar o rato é terminar com a brincadeira, então disfarçado de amigo ele demonstra uma preocupação que não existe, um respeito que nunca houve, e uma amizade que gera lucros.
É interessante ver que a situação é comum em vários segmentos religiosos, mas na verdade isso é caracterizado no comportamento humano, no dia a dia vemos vários exemplos, você já ouviu falar daquele gerente que propõe vantagens se receber uma atenção sexual adequado, ou ouviu falar daquele chefe de setor que promete uma folga no sábado para o subalterno que relata a opinião dos colegas sobre ele.
Está implícito no mau caráter o desejo de chantagear, a necessidade de oprimir e o prazer de reprimir, isso sempre visando algum tipo de vantagem, mesmo que seja um prazer de se sentir algo que ele já mais vai ser, é como se um gato se visse em um espelho imaginando ser um leão, em sua pretensão as garras e os dentes assim como a juba são frutos da sua imaginação, a arrogância com quem não consegue reagir e as armas por ele usadas demonstram a covardia nele nítida caracterizando um comportamento doentio e repulsivo.
E com eufemismo eu descrevo muitos supostos lideres que eu conheço.
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