domingo, 17 de abril de 2016

A intimidade inoportuna.


Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola

As razões que me fazem argumentar sobre esse tema se justifica por minha condição de sacerdote e de homem de bem que acredita que o respeito é bom e que todos merecem ser respeitados.

 Sendo assim explanarei o meu pensar partindo do principio que entorno de cada pessoa assim como entorno de cada residência  deva existir um terreno particular que não deve ser invadido. Nesse texto denominarei esse terreno como intimidade.

 A intimidade inoportuna é a intimidade inexistente, ou inconsistente, é a pressuposta proximidade visando benéficos diversos do suposto ou da imagem do suposto amigo.

O fato de uma pessoa ter um perfil público na rede social não permite determinadas aproximações, o contato da rede não tem a intimidade que imagina um contato não é um amigo, e um amigo nem sempre é intimo.

A tomada de intimidade na rede social só é aceitável nos meios menos esclarecidos que desconhecem os bons modos e a educação mínima em relações interpessoais.

A rede social tem inúmeras coisas boas, mas a falta de bom senso de alguns termina prejudicando aquilo que deveria ser uma forma de aproximar as pessoas.

A aproximação, ou o contato não implica em ser intimo, a intimidade só existe em um relacionamento constante e próximo e isso em hipótese alguma se resume a internet.

A intimidade consistente é mantida em uma relação continua e harmoniosa, só a intimidade consistente permite determinadas aproximações.

Uma pessoa que tem um perfil respeitável e familiar na internet espera de seus contatos uma consideração que impossibilita determinadas intimidades.

É comum ver na internet alguém que não tem contato intimo com uma pessoa tomar a liberdade de fazer comentários, muitas vezes sem nenhum sentido.

Muitas vezes assisto peritos em odontologia opinar em pagina de ginecologia, médico otorrino opinar em textos sobre o aspecto jurídico, boêmios e supostos poetas que se tem como espertos escreverem sobre a vida das pessoas.

A falta de noção de poucos incomoda a intimidade de muitos, a falta de percepção do todo prejudica á aproximação inibi a naturalidade e ativa o sentido de preservação.

A nossa sociedade vem assistindo a falta de respeito de nossos lideres e de muitas autoridades de nosso país e isso da á errada impressão para os menos esclarecidos que existe liberdade para tudo, mas isso não é verdade.

Toda pessoa que acreditar que sua intimidade foi invadida tem o direito de se proteger ou se assim desejar  procurar as autoridades com a intenção de responsabilizar criminalmente o importuno.

Acredito que comentários importunos devem ser sim respondidos, o direito de resposta deve ser garantido a quem foi ofendido, uma ação implica diretamente em uma reação mesmo que muitas vezes ela não seja visível ela deve ser sentida.

A liberdade deve ser mantida coberta pelo manto do respeito e do discernimento entre o certo e o errado.

Toda postagem na rede social pode ser apreciada, porem para comentar ou opinar é necessário bom senso, o fato de uma Postagem estar publica, não quer dizer que não tem um autor que merece respeito.

Na rede social existe varios tipos de postagens:

Formais de cunho s familiares que e só a família deveria comentar.

Formais e intimas que só os mencionados poderiam comentar.

Formais e pessoais que somente os íntimos deveriam comentar.

Profissionais que só deveriam ser comentadas por pessoas que desenvolvem a mesma função.

E as informais que deveriam poderiam em tese ser comentadas por contatos.

É estranho que tudo isso aconteça, que a falta de noção contamine as relações, embora nossa sociedade viva cercada de grades em suas residências enquanto muitos bandidos permanecem livres pelas ruas.

Não é de estranhar que em nossa sociedade exista tais aberrações onde pessoas de bem sintam sua intimidade prejudicada, enquanto a falta de cultura e a ignorância alimentam os importunos.

Enquanto as autoridades não regulamentam de fato as relações nas redes sociais vamos conviver com nossas famílias expostas a contatos indesejáveis e impróprios, que fazem questão de se mostrarem por ciúmes, inveja ou ignorância.





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