Quando eu lancei a proposta do Ifá Nacional não me detive ao fato de que quando postamos textos na rede social o trabalho é acessado por pessoas dos mais diversos níveis intelectuais e o risco de crítica existe a todo momento, mas daí ter paciência para assistir comentários de pessoas completamente ignorantes é um exercício que talvez eu não esteja preparado.
Para entende o nacionalismo temos que saber que existe várias formas de nacionalismo, embora de um modo geral ele seja representado por um sentimento de valorização, marcado pelo amor a uma nação, não confundir com patriotismo que é uma outra ideologia.
O nacionalismo visa combater o imperialismo e o sentimento colonialista, daí falar de independência é outra coisa. Autonomia é completamente diferente de independência.
O Ifá Nacional não quer ser independente do Ifá Nigeriano, o projeto propõe autonomia e reconhecimento considerando que infelizmente alguns brasileiros receberam oye no Ifá e não tem autorização para fazer iniciações.
Da forma que eu enxergo o Ifá é uma incoerência dar um oye para um Bàbáláwo que só poderia ser ocupado por quem tem autonomia e poder de decisão, sem lhe permitir que faça um itefá.
Ariano Suassuna criou o Movimento Armorial, a ideia desse brilhante escritor era valorizar a cultura nordestina e brasileira como parte principal de um raciocínio que algumas pessoas definem como nacionalismo e que outras identificam como forma de pensar ultrapassada.
Se Ariano Suassuna fosse um Bàbáláwo ele defenderia a tese que para se tornar um sacerdote com autonomia diante do pensar de alguns Yorùbás o sujeito deveria ter coragem, determinação e formação. O grande escritor brasileiro diria “Quem não está preparado que não se estabeleça.”
Como as pessoas conseguem confundir independência com autonomia:
Se òrìsàs são Yorùbás.
Se o idioma da nossa religião é Yorùbá.
Se pertencemos a famílias yorubanas. Como é que poderíamos ser independentes?
Diante desse equivoco eu proponho a criação de uma nova vertente do nacionalismo, o nacionalismo inteligente.
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