Ontem se vivo
estivesse meu Bàbálòrìsà estaria completando cento e doze anos.
Sendo assim vocês já podem imaginar que eu não
sou nenhum menino. A educação que eu recebi no século passado é completamente
diferente de tudo que eu vejo hoje, mas eu não critico esse fato.
Me chama a
atenção é a falta de amor nas pessoas, os valores mudaram e um celular vale
mais que um ser humano. Normalmente as pessoas nos dias de hoje passam mais tempo
com o celular na mão que o tempo dedicado a seus filhos ou a seus pais.
No dia treze
de junho foi o aniversário do meu òrìsà e poucas pessoas se lembraram dessa
data, isso me motivou a escrever esse texto.
Orgasmo no
dicionário do nosso idioma faz referência a efervescência de sentimentos,
excitação incontrolável do espírito.
Acredito que
é só com os celulares na mão as pessoas estão sentindo prazer, parece que a
relação com os seres humanos é coisa do passado.
Ninguém tem paciência
para olhar nos olhos dos seus semelhantes e tentar entender as fragilidades dos
seus amigos ou familiares, nada importa só a rapidez da informação desnecessária
da rede social.
A
modernidade está nos transformando em pessoas sem sentimentos.
As pessoas
não lembram mais de pequenos gestos, carinho, amor e atenção são coisas do
passado.
Com essa
pandemia tudo está mudando muito rapidamente, infelizmente para pior.
A morte está
sendo banalizada e a perda da vida está sendo tratada com muita naturalidade e
parece que qualquer um pode ser substituído.
O homem está
cada dia menos sensível e a religião tem a obrigação de auxiliar os indivíduos
na correção do curso.
O prazer não
pode se limitar a situações provocadas por curtidas na rede social, e o número
de contatos não pode substituir as pessoas da sua vida, existe mais que isso, existe
sentimento, existe amor, carinho e ternura.
Experimente
desligar por algum tempo seu celular, de amor a quem está a seu lado, talvez
você descubra outras maneiras de sentir prazer, talvez você sinta um orgasmo
incontrolável, convulsivo e extremamente gratificante.
Autor: Oluwo
Ifagbaiyin Agboola
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